quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

»Onde vou te encontrar?«

Será que vai ser numa roda de amigos, numa aula de alemão ou na fila do supermercado? Será que ela vai estar de verde, azul ou preto básico? Vai ser no trabalho, no meio da rua, na esquina de casa, no bar?

Ela vai gostar do meu cabelo? Será que vou ficar muito nervoso? Vai me deixar escutar Pink Floyd bem alto e me ensinar forró? Vai tomar chuva comigo e rir das minhas piadinhas infâmes? Me dará apelidos?

Ela vai usar salto mesmo sendo "muito maior de grande"? Vai discutir filosofia, religião, sociologia e até um pouco de física? Ela vai querer que eu seja pai dos filhos dela? Será que eu vou gostar dos seus parentes?

Hum... Numa festa? Ela vai nutrir esse meu amor por livros? Vai ler o que eu escrevo, sem puxar o saco, mas fazendo críticas construtivas? Será que ela vai entender meu silêncio? Ver filme e chorar no meu ombro?

Como estarei?
Pra onde iremos?
Ela vai comigo?
Amamos?

Deixa pra lá...
Estou aqui. Um dia ela aparece.


4 comentários:

Anônimo disse...

me identifico....mais do que qualquer límbico gostaria

Unknown disse...

Bonito o teu texto!...
Faz-me lembrar um pequenino poema de José Gomes Ferreira, apesar de aparentemente nada ter a ver:
"Chove. Mas isso que importa? Se estou abrigado nesta porta e é destino de quem ama, ouvir um violino até na lama..."
Felicidades!

Anônimo disse...

Belíssimo texto!
Leve, conciso, porém, profundo, explícito, verdadeiro!
Parabéns!
Max Costa

CaladoHelena disse...

Bem, tenho de admitir que até é uma reflexão bastante engraçada e que se calhar mais comum e verdadeira do que muitos admitem.