segunda-feira, 30 de março de 2009

»Sete - Luxúria«

Quem gemer ao pé do seu ouvido?

Quem vai lamber tudo o que você quis e te mostrou que a língua é um órgão tão gostoso? Me diz como você se sentiu da PRIMEIRA VEZ? Você lembra, eu sei. Você vai lembrar de tudo.
Quem vai puxar seu cabelo pela nuca, hein? Fala logo pra mim do fogo que queimava enquanto o lençol dessarrumava. Como era sua boca em torno da minha? Como é sentir a respiração ofegante junto ao rosto? Pernas, barriga, seios, braços, mãos. Isso é muito pouco.

Nunca sentir-se satisfeito: gula
Querer conseguir melhores: vaidade
Desejo incontrolável: inveja
A dor da negação: ira
A calmaria do após: preguiça
Nossa possessividade: avareza

LUXÚRIA.

Vem e me diz se isso tudo não passa de sonho, tal qual o que me peguei acordado, entrelaçado pelas coxas de outra, sugado pelos lábios de qualquer uma e cheio daquela ânsia latejante. Se mostra flamejante; salta, brilha e grita! Grite!

Grite, pois ela está aí.
E aqui também.

Será que você encontrou a luxúria? Ela se esconde muito bem...

segunda-feira, 9 de março de 2009

»Sete - Vaidade«

Fiquei com receio de escrever sobre a vaidade. Logo descobri o motivo. Minha própria vaidade.

Pecado típico das mulheres, a vaidade abate com moderação os homens, confundida muitas vezes com o orgulho. A sensação de perda, de não fazer algo tão bom quanto o esperado frustra antes mesmo do realizado. Escrever tão bem quando gostaria, agradar uma pessoa esperando retorno, sentir rancor e até ter saudade; acho que todos se enquadram à vaidade.

A soberba material.
A diminuta vontade de melhorar.
A falta de paixão por outrem.

O excesso de vaidade.