Da maleabilidade do bambu quando há muito vento. Da força do urso.
Da quietude noturna do deserto. Da tempestade em fúria nos oceanos.
Inveja pela simples curiosidade de tê-la. Talvez por não conseguir sentir-se completo. Mas humanos não o são. Ou quem sabe...
Tenho inveja da Lua. O satélite dos enamorados, dos boêhmios e das mulheres da vida. Musa de pinturas, de obras e cântigos. Causa insônia de prazer. Revela a todos o mundo em sua fase cheia, mas sempre tem um lado que nunca foi visto.
Como não invejar estrelas? Em toda sua combustão primordial, a energia vital que as move é comsumida até a morte. A força de vontade parece divina; rompendo obstáculos em faíscas. Aqui de baixo vemos pequeninas bolinhas brilhantes do passado, piscando e sempre mexendo com nossa imaginação. Invejar estrelas é saber apreciar.
Mas nada é mais invejável que os cometas.
São raros, são misteriosos, são mágicos. Afinal de contas sempre nos pegamos como crianças ao termos a sorte (ou inveja) de vê-los. Nosso primeiro contato é o de vislumbrar. O segundo é o de desejar. O terceiro é fé.
Inveje.
sábado, 28 de fevereiro de 2009
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3 comentários:
gGenial,Profundo,Poetico...Iinvejo
Inveja só é boa quando se aceita que também podemos ser, simultaneamente...
'... porque algumas lendas são mais reais do que se imagina ...'
Poucos são os que descrevem e escrevem sobre a inveja, menos ainda são os que ousam dizer senti-la.
Só tenho que dizer que o texto ficou ótimo.
Te admiro pelas belas palavras de sempre.
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