quinta-feira, 23 de abril de 2009

»Poli e Eu«

Tive conversas com engenheiros da UNITAU. Chegamos a conclusão que, mesmo a poli, famosa por ser uma das melhores escolas de engenharia do Brasil, não forma engenheiros.
"São arrogantes, petulantes e precisam mesmo é de uma boa f***! São máquinas de fazer provas. De que adianta saber muito e não saber usar?"
Opinião esta de um engenheiro taubateano.
De acordo com meus amigos engenheiros campineiros, formados na UNICAMP, São Paulo não é patamar de comparação, visto que não conhecem um mero engenheirinho descente. E de qualidade meus amigos conhecem: empregados antes de formados (não, não é estágio, é emprego mesmo), alguns nas terras americanas a estudar petróleo, outros contratados por empresas de culhão internacional, outros nos rios de $ proporcionados por quem realmente sabe trabalhar.

Após um série de pesquisas cheguei a uma conclusão.

Chupa Poli. Mas gostoso. Nasceu do nicho que te fez ter a cara enfiada nos livros e esquecer do jogo de cintura. Ser pau mandado, como pude presenciar.

Sou físico, sou professor. Estou no meio acadêmico e dou aula para engenheiros que, ao contrário de muitos, trabalham para sustentar uma casa, uma família, uma faculdade, uma dignidade, como diria Marx. Como filho de professor, este também engenheiro, como descendente de uma família de antigos lecionadores percebo que o problema não está somente na Poli.

Nossas crianças não aprendem, tornam-se máquinas de tabuada. Nossos adolescentes não são criativos, são jovens transviados e sem rumo. Nossos futuros profissionais pessoas manufaturadas aos moldes de cinquenta anos atrás.

Posso não mudar o mundo, mas farei diferença.

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