quinta-feira, 9 de outubro de 2008

»Proparoxítona«

Nesse ciclo perpétuo de lástima crônica,
Esse jogo incrédulo de lágrimas frígidas.
Possuído pelo estúpido escrúpulo de métrica
Permaneço ouvinte esdrúxulo e último: lúgubre.
Tento recitar fonéticas, cânticos, mágicas.

Tímido e pálido, escondo-me do gélido fôlego;
O último que lembro daquela pálida de ímpetos
Fogosos, de cócegas e risadas estrambólicas.
Eu gostava até das fatídicas e célebres cólicas.

Hoje, mãos trêmulas.
Hoje, lábio estático.
Hoje, noite trágica.

Estatísitca que levei ao túmulo antes de ler.

Amanhã?
Proparoxítona.

Nenhum comentário: