segunda-feira, 4 de maio de 2009

»Cartas Marcadas de um Baralho em Branco«

Repentinamente eu percebi que nem tudo estava perdido.
Os cálculos rabiscados entre os milhões de rascunhos
Estavam prestes a tornar-se meras cinzas; números escondidos.
A vida voltava a fazer coerência mesmo sem tê-la nos punhos.

A inegável exuberância dos meus sonhos renderam cartas.
Cartas marcadas de um baralho em branco, esperando motivos
Para serem traçados e pintados pelo aval do destino criativo,
Passando por cima dos quadros tortos na parede farta.

Estamos repletos dos outros e vazios de todos.
Formamos cada vez mais estranhos nas mentes
Girando ao redor de eixos inexistentes

Cópia de ás de espada tolo.
Figura sem cor que mente.
Carta marcada sem consolo.

Um comentário:

Luís Fernando Chaveirinho disse...

Nem tudo está perdido meu caro Fred, cartas com figura sem cor, mas as marcas não mentem!
Explendido texto!