quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

»Meus Últimos 20 Minutos em 2008«

Meus últimos vinte minutos em 2008 são assim. Com milhões de histórias e inúmeros causos, mas nenhum que gostaria falar. Nesses vinte minutos eu escrevo o que você vai demorar menos de um minuto para ler.

Meus últimos vinte minutos em 2008 se fazem olhando fogos de artifício da janela, esperando que eles brilhem no peito. São vinte minutos que lembrei de fatos e fiquei triste; outros, feliz. Alguns de profundo retrocesso, outros de gostoso saudosismo. Passo nesses últimos minutos com a lembrança do que foi bom, do aprendizado sobre o que passou.

Nos vinte minutos falo sobre amor e paixão. Acabei por conhecer realmente alguém hoje e me lembrei de como lágrimas escorriam, mas também como dar ótimas risadas. São vinte minutos percebendo que tem muito a escrever, mas nada acaba por realmente fluir. São minutos onde escuto rojões, músicas, cantos. Por que me sinto tão surdo?

Lembrei de você, e de você também, é claro. Dele também, e se não fosse agora, estaria esquecendo daquele lá. Lembro de cada vez mais pessoas, de cada vez mais contos, de cada vez mais histórias, mais piadas, mais amigos, mais risadas, mais, mais e mais. Lembro-me de vocês todos, mesmo que acabe esquecendo o nome certas vezes... É um problema sério.

Sinto meu coração pular nesses últimos 20 minutos, o que é bom, presumo. Sinto um frio na espinha também. É estranho. Como um dia qualquer, amanhã terá o mesmo Sol, os mesmo pássaros e os mesmos oceanos. O que me intriga é por que apenas um número chave pode causar tanta ansiedade: 2009.

Nesses últimos vinte minutos, que agora se fazem cinco, eu acerteria meu relógio, se a loja não tivesse me dado cano. Teria dinheiro se tivesse também um emprego, assim como um cartão que não tivesse sido clonado. São quatro minutos.

A expectativa fica grande. Que coisa de louco. Não é nada demais. E nesses três últimos minutos eu lembro do que não deveria. Mas passa...

Respiro fundo. A bermudinha rosa que todo mundo fala tá aqui de novo. Achei que eu ia conseguir passar pelado, sem essa de roupa branca, verde, azul, esperança, paz ou o que for.

Dois minutos e eu estou de rosa e amarelo.

Não passarei disso, ficarei um minuto sozinho. Pois sempre existe um limite.

Feliz Ano Novo!


Frederico Augusto Silva Vieira

2 comentários:

Unknown disse...

FELIZ ANO NOVO, meu querido amigo saudosista de ótimas risadas!!!!

Anônimo disse...

Apos eu ler o seu texto dos "Meus últimos 20 minutos em 2008" pensei:"Wauuuu...como o Frederico Vieira(moço)escreve divinamente bem!"
Parabéns Fred...amei o texto!
Mas me conta passou mesmo com a bermuda rosa ou é pra dar um ar mais colorido ao texto?!hahahah